domingo, 26 de abril de 2009

VERAS O ANJO AZUL DA SARJETA




É difícil ter um contato com ele e não compartilhar o mínimo possível da sua personalidade. Difícil também é, após o contato, perceber o mundo da mesma forma que antes. Mais difícil ainda é não sair da conversa sem ser provocado por aquela figura que faz parte da história da Cidade de Ipiaú. Depois que tive o contato com ele, não fui mais o mesmo, disso eu tenho certeza. Uma hora de conversa (talvez o último registro áudio-visual do maior bom vivant que a cidade já teve), foi o suficiente para se apaixonar pela história de vida dele e nunca mais esquecê-lo. Até porque o vídeo possibilita ressuscitar mortos assim como no cristianismo.Considerava-se “pernambaiano”, pois era natural de Sertânia-Pe, porém criou-se em Salgueiro, mas foi em Ipiaú-Ba, após rodar boa parte do mundo, onde ele alçou vôo. Também já tinha perdido tudo, ou melhor, gastado tudo, porque “dinheiro não foi feito para se perder. Dinheiro foi feito para se gastar”, dizia ele. “Eu escolhia as pessoas mais tristes para se divertir comigo”, complementa.

Foi PQD (sigla de pára-quedista), morou em vários países da Europa, morou nos EUA, construiu a boate Anjo Azul, local de fermentação cultural da capital baiana, e depois de gastar todo o seu dinheiro, parou no “Beco dos dez quartos”, antigo brega, localizado na cidade de Ipiaú-Ba.Uma figura excêntrica e atípica, principalmente para aquela cidade conservadora, onde as pessoas não o entendiam, principalmente pelo fato de ter sido bi-sexual. Sobre isso, ele conta que foi casado com a mulher mais linda que já viu. Conheceu-a naquela boate por meio de um amigo. E conta ainda que conheceu um americano por quem foi apaixonado e por isso foi morar nos EUA com ele. “Ele disse: quer ir trabalhar comigo. Eu digo: vou. Fazer o quê? Eu não sei trabalhar. Ele disse nada, fazer companhia. Era um gay. Me tornei marido. Tem alguma coisa contra? Ai vim, amando a pessoa”. Ainda brincando com esta questão e sendo totalmente provocador ao ser questionado sobre sua preferência sexual ele responde. “Eu gosto de mulheres burras, homens inteligentes. Porque a mulher quando não é burra, domina. Mulheres inteligentes todas são minhas amigas. As burras minhas amantes”.

Amigo de pessoas ilustres como Pelé, Fernanda Montenegro, Janis Joplin, Amália Rodrigues (se emociona ao falar dela no vídeo e diz que pessoas como ela não deveriam morrer nunca), Sônia Braga, Carlos Bastos, Michael Douglas e inúmeras outras pessoas famosas. Freqüentava o alto ciclo da sociedade quando tinha dinheiro e drogas para distribuir. Chegou a fretar aviões para trazer pessoas para sua fazenda no município de Barra do Rocha e fazer festas de arromba. Mas diz que em seus últimos dias, ninguém dava mais importância para ele porque era um alcoólatra e “ninguém gosta de alcoólatras”. Não perdia o humor nunca. Disse: “se tiver um fumo aí, ó o bico. Se tiver um pó aí, o nariz tá pronto”. Não tinha medo de dizer o que pensava, nem de fazer o que queria. Odiava falsos moralistas.Filosofava em seu quartinho, com aquele silêncio todo e isso o levava à grandes reflexões. Chega a falar no vídeo que só está esperando sua hora, porque não agüenta mais. Era através do silêncio que ele buscava suas respostas e não se perguntava mais nada. E tinha muito medo quando a esposa do silêncio (segundo ele), a barulhenta chegava, porque bagunçava tudo. O poeta toma vez em alguns momentos, onde ele cita alguns de seus poemas que estão na Editora Corrupio em Salvador, em posse de Arlete Sales para editar o livro e lançá-lo, porém até hoje não conseguiu verbas o suficiente para isso. Prova de que a Bahia tem dado a mínima para a literatura e para eventos culturais que não acontecem na capital. Não posso nem citar a prefeitura de Ipiaú, pois a cultura tem passado a léguas de distância da mesma. Sobre o livro ele disse que não queria que publicassem, pois queria ter suas poesias do seu lado para assim trocar por cachaça. Era o mesmo que faria com o dinheiro que iria ganhar se o livro fosse lançado. Eis um de seus poemas:“Habita em mim um ser que veste hábito. Que prometeu sempre me levar em direção ao puro e sacrossanto, quando o meu eu pensa que não há. Espero sempre o meu, eu, velho monge, adormecer para o meu eu jovem na vida, se atirar. Se arriscando as ilusões da vida que o meu eu, velho monge, sabe que há.”


A notícia de sua morte chegou como uma bomba, principalmente porque, mais do que nunca, tenho agora uma obrigação de finalizar o vídeo, por vários motivos que não cabem citar aqui, mas o principal é mostrar que mesmo diante do abandono ele não perdeu o rebolado e viveu seus últimos dias da melhor forma possível. Sem pudores, tristeza ou falso-moralismo. Esta figura merece um capítulo à parte na história de Ipiaú.

De vez em quando me pego falando palavras ou provocações que ele disse na entrevista que me cedeu. Amália Rodrigues e sua música nostálgica tocam vez por outra no aparelho de cd. Mas a sua imagem é bastante recorrente à minha mente. Principalmente por me mostrar o quanto sou fútil e bobo, mas melhor ainda, por caracterizar o meu riso como “um riso cretino”.Resta a dúvida: será que ele descansa em paz ou já sacudiu o lugar que agora está?Deveras, ele nunca morrerá, assim como tantas outras figuras que residem em minha memória. Citando Rubem Alves, é eterno tudo aquilo que reside na memória. O audiovisual está aí pra isso. Ele poderá ser visto em breve novamente. O vídeo está em fase de finalização. Quem quiser revê-lo aguarde, será provocador.Uma homenagem a Divaldo Angelin Veras, mais conhecido como Veras. Nasceu em 20 de abril de 1940 e morreu aos 67 anos de vida. Muita vida.* Título retirado da matéria sobre a morte de Veras, publicada no Jornal Agora, pelo jornalista José Américo Castro.Edson Bastosedsonoliveirajunior@hotmail.com
tags: Salvador BA cultura-e-sociedade cinema-video veras ipiau edson bastos

VERAS : DE SERTÃNIA PARA O MUNDO

“Habita em mim um ser que veste hábito.
Que prometeu sempre me levar
em direção ao puro e sacrossanto,
quando o meu eu pensa que não há.
Espero sempre o meu, eu, velho monge, adormecer
para o meu eu jovem na vida, se atirar.
Se arriscando as ilusões da vida
que o meu eu, velho monge, sabe que há.”

(VERAS-POETA SERTANIENSE) Divaldo Angelin Veras, mais conhecido como Veras. Nasceu em 20 de abril de 1940 e morreu aos 67 anos de vida, EM 2007, Em Ipuaú-BA.

O CRIADOR DO "MELÔ DO JABÁ" É SUCESSO

SEGUE UM ENFOQUE SOBRE O LUIZ WILSON, O CRIADOR DO MELÔ DO JABÁ", QUE ESTÁ DANDO O QUE FALAR NO CIRCUITO DO FORRÓ EM SÃO PAULO. LUIZ WILSON É NORDESTINO , DEFENSOR DAS RAÍZES MAIS GENUINOS DA CULTURA SERTANEJA . VEJA O TEXTO , ONDE HÁ O LINK PARA O SITE DELE ONDE VC PODE OUVIR A MÚSICA E O LINK DO VIDEO DELE NO YOTUBE , COM IMAGENS DO SHOW DE LANÇAMENTO DO SEU CD"MELÔ DO JABÁ".

LIZ WILSON - UM ARTISTA DE SERTÃNIA EM SÃO PAULO, QUE É UM SHOW!!!!!!



O músico Luiz Wilson e seus Últimos trabalhos

Após homenagear os vaqueiros e os poetas em trabalhos independentes gravados em 2006 e 2007, LUIZ WILSON acaba de lançar, n o autêntico forró, o CD MELÔ DO JABÁ, que já se encontra nas principais lojas e meios de comunicação. Trata-se do seu décimo trabalho, que causou impacto pelo tema cantado na sua faixa título, de autoria própria.Além do Melô do Jabá, que o povo já está cantando, o disco apresenta um repertório renovado, com Baião, Xotes e Arrasta-pé , dosado de balanço e romantismo, sem perder as características do autêntico forró Pé-de-Serra.
Apresentando quinze faixas, incluindo músicas inéditas e algumas regravações, foi produzido nos Estúdios Caju e Castanha sob direção musical e artística de Olivinho do Acordeon e Fatel Barbosa. "As músicas são impactantes", segudo Luiz. Vale a pena conferir: Prêmio Verdadeiro, O Rodeio e a Vaquejada, Xote da Saudade, Aquele Beijo, Aconteceu o Amor, dentre outras. Dentre as Dentre as regravações, destacamos o relançamento de Forró de Sanfoninha, autoria do mestre João Silva e Visagem, arrarstapé de Josessandro Andrade e Duval Brito.
A faixa título é uma obra prima, que aborda a questão da propina paga nas rádios, o conhecido jabá, para se tocar a exaustão músicas de má qualidade e fabricar um sucesso comprado, que não tem legitimidade, Receita usada por bandas de forró apelativo, condicionando o povo a" gostar" de ditas porcarias como se fosse "sucesso" popular.
Luiz Wilson é de Sertãnia, sítio recanto, filho de Juca Leite Elvira Vasconcelos, gente da melhor qualidade, irmão de Francisquinho Leite, Gecina, que mora no Caroá, onde foi professora leiga e Gracinha , afilhada dos meus pais. É primo de Ferreira Brito, da rua velha e do meu primo Duval Brito. Ainda somos parentes pelo lado dos Leite, mas um pouco distante. Esteve em Sertãnia em agosto passado ficando hospedado em nossa casa na ladeira de Francisquinho. Estudou na escola Amaro lafayte onde foi colega de turma de Marcone de Demétrio, Luiz Abel, Gabriel Oscar, entre outros. Foi prá São Paulo em 1979 e desde 1986 iniciou
sua carreira musical , a qual concilia com uma função de destaque na rede de lojas Gal modas. Lançou discos ,
fez shouws em casa de renome, tal o ctn-centro de tradições nordestinas e o Patativa, participou de programas televisivos de projeção nacional e desenvolve as atividades de cordelista, radialista e palestrante de cultura popular nordestina. Nessas atividades todas o seu trabalho artístico te contado com participações especias
de artistas de renome tal Germano jr. Dominguinhos, Oswaldinho do acordeon, Flávio josé e muitos outros.
Sertãnia precisa conhecer melhor o talento e a obra de Luiz Wilson-esse artista especial, que tambpem está no meu cd , com a faixa "DIRETOS IGUAIS". E há de conhecer, prometo!!!!! pelo menos no que depnder de mim e da SAPECAS. Depois traremos mais informações sobre seu trabalho!
*podem também ser acessadas no novo SITE: www.luizwilsonpintandoosete.com.br, em fase de conclusão.
* encontrar imagens do show de lancamento de seu último CD. Olha o link aqui embaixo:http://www.youtube.com/watch?v=AfZv3JHVrEE

domingo, 19 de abril de 2009

CASA DO POETA SE CONSOLIDA COMO ESPAÇO CULTURAL INDEPENDENTE QUE HONRA O NOME DE WALMAR


Sempre buscamos a oportunidade ou uma alternativa para mostrar a força da poesia e música sertanienses, que nada fica a dever a outros centros mais conhecidos. Talvez por falta de organização ou de interresse para divulgar. Como diz o meu amigo , parceiro e artista Zé Luiz, muitas vezes a gente admira a grama do vizinho, Sem perceber a beleza da nossa. Q uem como o cantor e compositor Zé Luiz chega a Sertânia e se depara com a nossa fertilidade poético-musical percebe o que muitos daqui não enxergam, se seduzem e se apaixonam, como ele, que compôs "PRINCESA DA POESIA", cantando a magia da cidade de poetas, seus gênios e loucos, suas musas, ladeiras , bares, paisagens, natureza enfim. Eu, desconfia que como diz o poeta Alberto Oliveira só os poetas tem premonições.

Há muito tempo que precisavámos de um espaço cultural em Sertânia. Desde 2001 quando passamos a frequentar o boteco Ingericana, do nosso amigo Zé Mago,ainda na rua dos Guararapes, onde morou Pinto do Monteiro, que alimentávamos esta idéia, diante da falta de ação do poder público em criar um ponto para os artistas mostrarem em seu trabalho. Quando Zé Mago mudou-se para a Rua das Tabocas, em 2006 ,vimos esta possibilidade pois lá já havia até um palco , além do local ser maior.

Em nossas conversas com Zé Mago e sua esposa Nininha, percebemos que eles valorizavam muito a cultura de Sertânia, a ponto de comprar todos os cds de artistas da terra e mandarem cópias para os filhos e irmãos que moram fora.Também tivemos conhecimento de que seus irmãos eram poetas :Antônio Belo(Tonho Murilo), Joaquim Belo (Quinca) e Maria Inês Oludé, Que com o irmão Emanuel Belo (Maninho), foram perseguidos e presos na época do golpe de 64 , juntamente com Zé Andrade, João Belarmino e Adilson Freire . Zé e Nininha foram que juntaram os livros deles enterraram no quintal da casa do pai de Nininha, na rua Monte Castelo. Maria Inês, a quem tive o prazer de conhecer pessoalmente, foi exilada e presa na Argentina , acusada de ser guerrilheira.Só foi solta graças a mãe de Zé Mago e Nininha terem procurado Dom Hélder Câmara e este ter escrito uma carta para a ONU. Inês acabou sendo exilada para Bélgica, onde vive em Bruxelas até hoje, sendo cordenadora da revista do BRASIL NA Europa e da BIENAL DE ARTES DO BRASIL NA BÉLGICA. P

Posteriormente, elaboramos um cordel satírico " A IGREJA INGERICANA -ANAIS DO BAR DE ZÉ MAGO", cujo lançamento foi lá, estando presentes, eu ,Tota Góis, Gato Novo, Geraldo Valdevino, César Amaral, entre outros. aí começou a especulação para se fazer outras coisas naquele espaço. Lá , na noite de 19 de Fevereiro de 2008, eu, Gabriel Oscar, Edivanildo Nunes, Zé Luiz, Ricardo Mariano, Gilmarques Andrade, Nando Nascimento, Paulo Mariano fundamos a SAPECAS-sociedade dos poetas, escritores, compositores e artistas de Sertânia, numa noite regada por café e bolacha. Zé sempre abriu espaço lá para nossas reuniões mesmo sem a gente consumir nada. Posteriormente passamos a usar refrigerantes , petiscos e bebidas, em nossas reuniões, sempre encerradas com recitais.Outros poetas e admiradores juntaram-se a nós: João Lúcio, Luiz Pinheiro Filho, Antônio Amaral, Gaudêncio Neto, Espedito Matos, Tota Góis, Jaciel e sócios correspondentes: Duval Brito e Zé Andrade, em Paulo Afonso-BA e Natal -RN, respectivamente.

A SAPECAS seguiu em seus projetos, realizando a EXPOESIA, o POETAS NAS ESCOLAS e a OFICINA A ARTE DE FAZER VERSOS, bem como o show poético musical "Água Fria de Alagoa de Baixo", principalmente naEscola. Em janeiro deste ano, resolvemos criar lá no boteco Ingericana, do nosso amigo Zé Mago, "A Casa do Poeta", instalando alí um varal de poemas dos poetas de Sertânia. Resolvemos dar o nome de Walmar ao espaço Cultural, que é o palco em que os artistas lá se apresentam , pois assim como outros poetas sertanienses que são esquecidos pelos poderes públicos, Walmar(que não tem nem uma rua ou praça em Sertânia com o seu nome), foi uma das pessoas que mais divulgou o nome da cidade lá fora, e com sua arte enriqueceu ainda mais a nossa cultura. Além do mais foi na Rua das Tabocas, onde localiza-se a casa do poeta, a rua onde Walmar morou por longo tempo, logo que chegou da zona rural para estudar no que chamamos de " rua".

Na Casa do Poeta o espaço é aberto para qualquer artista da terra ou visitante. O microfone é livre para expressão artística, não havendo censura ou discriminação por nível econômico, social ou cultural, tampouco preconceito de raça, cor ou religião, muito menos por opção político-partidária. Lá as diferenças são respeitadas e estimuladas e os artistas e o frequentadores convivem num clima de união e partilha. A
gastronomia do boteco também se identificou com o perfil de nosso projeto, o MECARTES-MOVIMENTO CULTURAL RAÍZES DA TERRA, que busca incentivar e valorizar a culinária regional- sertaneja: maxixe com bacalhau, galinha de capoeira com arroz de leite, sarapatel e bode com cuscuz, além de cachaça enraizada.
Estamos recebendo sugestões e críticas, pois estamos abertos a ambas e queremos que todos os que ali frequentam ou querem frequentar participem e opinem , pois lá é um espaço que não pertence a A ou B , mas
a CULTURA DO POVO DE SERTÂNIA.

O I e II EMPOSSAR, as cantorias de viola e os recitais realizados este ano na CASA DO POETA foram sucesso absoluto e consolidam o espaço cultural Walmar como ponto da poesia e da música em Sertânia, honrando a arte de qualidade e a resistência cultural, as bandeiras defendidas por Walmar em sua trajetória de artista do povo.

II EMPOSSAR


EVENTO SE CONFIGUROU NA MELHOR FESTA CULTURAL DE SERTÂNIA



O II EMPOSSAR –Encontro dos poetas sertanienses e artistas regionais
Conseguiu não só repetir o sucesso do anterior , como dobrar a quantidade de público e artistas, constituindo-se num evento cultural incomum.Realizado na Casa do Poeta, ponto cultural do Boteco ingericana, do nosso amigo Zé Mago, o EMPOSSAR teve em sua programação recital poético , lançamento de cd, momento de memórias e show s musicais.
Sob A coordenação da SAPECAS-sociedade dos poetas, escritores, compositores e artistas de Sertânia, as atividade foram inicadas com mostra de artesanato do artesão Carlos Barbosa. Em seguida rolou o café com poetas, onde contamos com os poetas Ricardo Mariano, Edivanildo Nunes, Gabriel Oscar,Gaudêncio
Neto, Espedito Matos, Paulo Mariano,Jaciel e ainda os poetas Débora Monique, e José Adalberto, de Itapetim, os declamadores Neném das Cocadas, Zenilton, e Abel. A seguir tivemos o momento “memórias do Cine EMOIR”, com Cebolinha trazendo Causos , chamadas e poemas da difusora emoir e do antigo cinema sertaniense. Com o show “Água Fria de Alagoa de Baixo”,Josessandro Andrade, acompanhado do primo e artista Antônio Amaral, materializou o lançamento do cd “ o canto de casa”.Dando seqüência a a programação tivemos shows musicais de Cieudes, Adilson
e Rosinha, Daniel Medeiros,Thiago Patriota, Zé Luiz, Rona Lopes, Calu Vital , Roberto Lopes, Jaílson Santana, Hippe Sanfoneiro, Zenilson e muitos outros.
O Espaço ficou pequeno para o público e para acomodar a generosa platéia foi intalada uma enorme barraca de ferro, do lado de fora , no calçamento, de frente para o palco. Sertanienses residentes no Recife, como as comitivas da AFASER-ASSOCIAÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DE SERTÂNIA- e em Campina Grande, além de caravanas de Monteiro e Itapetim.

LANÇAMENTO DO CD DE JOSESSANDRO ANDRADE É SUCESSO- Foi o maior encontro de poetas e artistas que Sertânia já viu-



O lançamento do cd “O Canto de Casa”, do Poeta Josessandro Andrade, reuniu uma quantidade de artistas e de público jamais vista num evento poético-literário em Sertânia. A Rua das Tabocas, onde situa-se a Casa do Poeta, no boteco Ingericana, de Zé Mago, ficou lotada de carros estacionados e de gente que queria uma mesa para prestigiar o ato, que acabou se transformando num grande encontro de artistas, poetas e amigos de Josessandro Andrade.
Com o show “Água Fria de Alagoa de Baixo”,Josessandro Andrade, acompanhado do primo e artista Antônio Amaral, materializou o lançamento do cd “ o canto de casa” . no show, Josessandro declamou os poemas “o inverno” e “Pedro Brasil”, de Ulysses Lins, “ou A bolsa ou a vida”, de Waldemar Cordeiro, “a incompreensão”, de Alcides Lopes de Siqueira, “poema inacabado”, de Hamilton Rodrigues”, “concurso de poesia”, de Jairo Araújo e “Coração de poeta”, de Walmar e “Martutando por aí”, do próprio Josessandro, intercaladas por canções de Antônio Amaral, tais como Floração, mulher de invernia, cortinas matinais, Moxó tem Tó, Tacho de saudades, Xoteou saudades, consciência. Momentos especiais foram a aparticipação da declamadora Maria Eduarda, de 7 anos , filha do professor Guga Veras e do professor Luiz Wilson cantando cocos em homenagem a Pedro Brasil.
Também participaram do lançamento do Cd, se apresentando no palco os artistas Daniel Medeiros,Thiago Patriota, Rona Lopes, Calu Vital , Roberto Lopes, Jaílson Santana, Hippe Sanfoneiro, Zenilton, Felipe Morais, Abel Doceiro, Zé Luiz,( de Monteiro-PB), José Adalberto e Débora Monique(Itapetim-PE).
O “Canto de Casa” é um CD, que reúne o cancioneiro poético-musical de Sertânia, conhecida como cidade poetas e artistas, declamando poemas de Ulysses Lins, Alcides Lopes de Siqueira, Waldemar Cordeiro, Mozart Lopes de Siqueira,Marcos Cordeiro, Luiz Carlos Monteiro, Hamilton Rodrigues, Wilson Freire, Jairo Araújo, Alberto Oliveira,Walmar, entre outros, tendo como fundo musical composições de Antônio Amaral e artistas da MPB, soladas na rabeca e no violão pelo mencionado compositor e músico.Para o poeta Josessandro Andrade, o “canto de casa” é um projeto antigo, que começou a ser gravado em 2002, para resgatar e difundir a fertilidade poética da poesia da região. “ É um trabalho calcado nas raízes da terra”, afirma.