domingo, 13 de abril de 2008

POEMA DE ANTÔNIO BELO

Veja que metapoema de densidade do poeta Antônio Belo, irmão de Zé Mago(do bar A injericana). Eita raça de comunista, poeta e gente inteligente.


Vai meu Poema
(Antônio Belo)

Vai meu poema,
Vais correr o mundo
Não importa que te digam
Que és um poema vagabundo...

Desces montanha,
Sobes serra
Pois somente o que se ganha
É o que a verdade encerra:
Se, como disse o poeta,
“Bom cabrito é o que mais berra!”

Vai meu poema,
Pois o tempo urge!
Se uma palavra acaba,
Outra, ali, ressurge...

Passas sobre as catedrais
Passas por baixo da ponte
Sobes rios, desces vales,
Vais anunciar um mundo novo
Mas nunca esqueças a “fonte”,
Que é a Língua do povo!

Vai meu poema,
Que nunca feneças
Ante à tirania
Ou à opressão
Pois se um dia,
Negares poesia,
Que nunca mais
Pises nesse chão!

Vai meu poema:
Voa!
Se não te derem asas,
Mesmo assim,
Teu grito ecoa!

Palmas, dezembro/2007

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